Nas palavras viu-se desde o deslumbre bucólico e o questionamento das coisas fundamentais, por vezes com ares clássicos e virtuosos, até o total inverso: o tapa na cara e o pé no chão sagaz da poesia de rua. Nas formas, o mosaico e a figura central como dominantes nas composições, com muito vermelho, preto e branco. As tipografias variavam do manuscrito à slabserif, buscando sintonia com o discurso falado da poesia.
O processo teve início com com os poetas, que criaram textos que apelavam para a voz não do som, mas da imagem. A partir de leituras, releituras, saraus e conversas, os esboços dos designers e ilustradores começaram a tomar forma. O grupo agiu desde o início com muita unidade, cada um influenciando diretamente nos processos uns dos outros, mostrando andamentos e idéias em crescimento. A proposta, desde o início, envolvia o princípio da produção em coletivo, em organismo.
Mais de 300 pessoas compareceram à festa e apreciaram a exposição. A presença dos poetas aqueceu muito a noite, com bate-papos e discussões sobre as poesias e obras em geral.
Pra quem não pôde ir à abertura, a exposição continua no Zé Presidente até o dia 6 de maio. No dia 20/4 (quarta-feira pré-feriado) rola o C.A.I. MAL lá no Zé Presidente, e estarão presentes os autores do projeto Pálpebra.